quarta-feira, 29 de junho de 2011

devorando sampa baby!

pra contar as aventuras de juanita por sampa, postei os slides que fiz na época que tudo rolou (set.2009)... foi a forma mais engraçada e dinâmica que encontrei para contar por e-mail para os queridos que esperavam por notícias!!!




























um resumo delicioso de um dos vários processos de Juanita!

acabei ficando em sampa por 9 meses...e como sempre tive/tenho a sensação de ser passageiro, fiz tudo com muita intensidade...continuei devorando a cidade. fiz excelentes e permanentes amizades...

há poucos dias me dei conta que simplesmente dizer que "devorei são paulo", diz muito pouco sobre o meu entendimento de "devorar são paulo". isto foi quando, depois de já ter saído de sampa, ter tido a oportunidade de voltar e passar uns dias por lá, comentei com alguém, "estou indo pra sampa, que delícia, devorar por uns 4 dias" e a pessoa respondeu: "que ótimo, ir no shopping, fazer compras, vai na 25 também?" putz, viva a diversidade...mas...putz...devorar sampa ou outro lugar, pra mim, nada tem a ver com compras ou shoppings...

comecei a devorar sampa quando cheguei na rodoviária (vindo de são carlos) e fui de metrô pro hostel sampa (http://www.sampahostel.com.br) - que escolhi pelo site bacana e pela localização: vila madalena baby!!! devorei sampa, quando peguei informação de onde tinha uma feirinha de arte/artesanato e antiguidades e fui dali caminhando (feira da praça benedito calixto), conheci a produção de jovens estilistas. devorei sampa, quando fui pro parque ibirapuera, mesmo com o tempo armando para um temporal...que caiu mesmo! mas nada melhor para se abrigar da chuva do que entrar no auditório e assistir a um espetáculo de dança contemporânea! devorei sampa, quando aceitei um convite para sair e tomar uma ceva com outro hóspede do hostel, tão sozinho e disposto quanto eu, e de quebra combinar uma saída pela cidade no domingão! mais parque do ibirapuera (agora com sol).
devorei comidinha japonesa no bairro liberdade. devorei sampa, quando, ainda em companhia de David, o paraguaio alberguista, fui caminhar na avenida paulista, ver os arranha céus, dar uma espiada na livraria cultura do conjunto nacional...visitar o acervo de arte e demais exposições no masp...
pegar metrô em quatro linhas, com direito a um trem, pra chegar no parque da independência e depois descobrir que com apenas uma linha chegaríamos, sem ter que caminhar quase dentro da favela de heliópolis... :S.
google maps faz milagres quando é consultado! hahaha
open bar do hostel..."buteco sampa" primeiros queridos com quem compartilhei as andanças: Gonçalo, Andréa e Débora (donas do hostel), Rapha (parceira de quarto) e Daniel.

esse foi o ritmo intenso de um final de semana que foi incorporado nos demais meses de estada na capitaR.
e as baladas, ah... as baladas...curtidas ao longo dos meses. baladinha rock...
manifesto bar (http://www.manifestobar.com.br), e outras tantas que foram conhecidas...asia 70, dublin live, studio sp, hot hot,wall street bar, kiaora que só conheci a fila...que por sinal era o que mais rolava, se saiu tarde de casa, esquece, vai ficar só curtindo a fila que dobra quarteirão!
como sou levemente tradicional, depois que gostava de algum lugar queria ir no mesmo...e ainda como sou levemente caseira várias baladas foram recusadas...né Leisa? né Well? baladinhas eletrônicas e rave...putz, passei...a vida é feita de escolhas...escolhi estar inteira no resto do final de semana para poder ir na estação da luz, na pinacoteca, no museu da casa brasileira, nas apresentações da orquestra e jazz sinfônica de são paulo, dêgratis no domingo às 11h da manhã!!! e com direito a companhia (em algumas delas...eu era a mais empolgada...hahaha)
Serginho, Cris, Gonça, Mith e Bruno

Well, meu grande e querido amigo Well!

olha que ótimo, tive a oportunidade de reencontrar amigo mineirin (dos tempos de maranhão), Sandro, parceiro!

reencontrar a Numa (Camila, paraense, dos tempo de floripa).

enquanto morei na terra da garoa, virou oficial almoçar na liberdade uma vez por semana e levar todos que me visitaram, considerando a super dica de uma nativa de sampa e descendente de japoneses, a Cris Maeda, queridíssima!!!


mamis e bib's amadas!

Clá e Zeca...ou ZeCla? casal de amigos sem igual!

mercadão, visito todo mercado municipal das cidades que ando...mas o de sampa...ai ai
com Clá e Zeca, com Leisa, com sr. Galdino, com bib's, mamis e Karla...

   
teve a virada cultural...madrugadão no centro de sampa, que como tudo sempre há uma reviravolta...ia com um amigo...consegui convencer mais um que de quebra combinou com outros amigos...e no final das contas estávamos num arrastão de 11...hahaha
         
com direito a citar caetano veloso (sampa)
"Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a IPIRANGA e a AVENIDA SÃO JOÃO
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas..."

e a corrida de rua...sim, sampa é feita de bons hábitos, exercício no corpo! treinei 3 meses para minha primeira corrida!

as várias estadas em centros culturais pra discutir leituras com o Well...tão bom!!!

e mais um tantão de coisas...claro né...mesmo já sendo um monte de historinhas, continua sendo um resuminho... tem os restaurantes, os trabalhos que desenvolvi, os demais queridos que não apareceram ainda ai...ufff... em breve continuamos por sampa!

sábado, 18 de junho de 2011

manaus parte III - voltando

logística de volta dia 19 de maio de 2011 – quinta-feira
quer conhecer aeroportos em lugares muito, muito distante? tem fotinhos do meu tour!
ah, apresento o avião....de hélices!
brincadeira...foi esse ai: turbo hélices da trip ATR 72
às 4:30h hostel Manaus - aeroporto MAO
Vôo TRIP 5205 às 06:32h – 08:40h (MAO-TMT porto trombetas)

Vôo TRIP 5205 às 09:05h – 09:50h (TMT-STM santarém)
Vôo TRIP 5205 às 10:05h – 10:50h (SMT-ATM altamira)
Vôo TRIP 5205 às 11:10h – 12:20h (ATM-BEL)
Vôo TRIP 5205 às 12:55h – 13:50h (BEL-TUR tucurui)
Vôo TRIP 5205 às 14:05h – 14:50h (TUR-CKS carajas)
Carajás PA – Curionópolis PA de carro 49km (1 hora estrada de serra e em outro trecho por dentro da cidade de Parauapebas).
quase 12horas depois cheguei em casa!
bom nem precisa fazer altos comentários, do tipo, podia ter ido pra europa neste tempo ou como é complicada a logística no norte/nordeste...
quer ver dificuldade, simula passagem de Marabá (um dos principais aeroportos do Pará) para Salvador BA... quase vai e volta da europa no mesmo tempo!!! ano passado fui pra Salvador partindo de Carajás em 4horas... mistério??? não...fui num voo direto Carajas-Belo Horizonte e na sequência em outra cia aérea, BH-Salvador....éééé, mais fácil dar uma rodadinha pelo sudeste antes! mas isso é conteúdo pra outra história.

dá uma sacada no visual...

eu moraria bem feliz numa ilhazinha dessas...esta vendo as casas? ou melhor, podem ser aluviões!
essa imagem é doida, no meio do nada uma cidade, uma hidrelétrica (de tucurui)...
região alagadiça

domingo, 12 de junho de 2011

manaus parte II - percebendo o 'caminhar' do barco

efêmero, transitório, provisório, sinônimos que podem caracterizar os anseios da vida contemporânea, considerando a ácida ilusão da urgência que se tem da vida, anulando a compreensão do processo necessário.
acredito que almejar, traçar objetivos, caminhar e os alcançar são passos envoltos por práticas artísticas... não é um processo instantâneo.
como dizem: na prática a teoria é outra... buenas, estive na condição de intentar ser passageira ao mesmo tempo que literalmente era passageira. bora destrinchar a idéia... estava a bordo de um barco, pelo rio negro, retornando da selva amazônica para manaus, cansada e doida pra chegar em “casa” (considerando que onde estão meu computador e travesseiro torna-se minha casa, o hostel era a casa do momento) adormeci ouvindo música, ao acordar depois do que considerei tempo suficiente para chegar, abri os olhos e avistei terra firme e edifícios, vibrei: estamos chegando! fui para a frente do barco (frente? afff navegadora...proa, né!) mas a tão almejada chegada demorou a ser efetivada...durante 30 minutos a paisagem parecia não se modificar, estávamos indo, indo, indo, mas não chegava. e em nada eu podia interferir, tentar apressar, na condição de passageiro do barco, por imposição do processo, passageiro da vida, por imposição do processo, me restou ceder ao tal anseio e curtir a maturação do tempo: aproximação e chegada.
foram apenas 60km que se alongaram em 2 horas... 25km/h... 2 horas...13 nós... 2 horas...a expectativa do retorno alterou a capacidade de permitir-se estar no ritmo, como aconteceu na viagem de partida.
a essência do alvo por vezes se perde no caminhar: pela dificuldade de obter na hora, por conceitos convencionais, alheios e aleatórios, também pela falta de confiança em si e no processo.
resgato um trecho de e-mail que enviei à alguns amigos em 11 abril de 2010: “ontem ouvindo uma música, pensando na vida, tive um insight, sim é isso: JUMP A LITTLE HIGHER! hoje lendo uma crônica de M.M., novo insight, sim, pés no chão: MIND THE GAP! a introdução já advertia “temos que ter cuidado com o vão, que é a distância entre a vida que você sonha e a vida como ela é.” Mind the gap (Martha Medeiros – ZH).
então... avança, arrisca, sonha!!! mas com capacidade crítica e atenção! pula mais alto, almeja mas tenha sempre em mente o que tens, o que já foi conquistado, e o que deve ser apreciado! lembra do processo envolvido!"

Jump a little higher but mind the gap!