sábado, 10 de setembro de 2011

Algumas certezas I - escrito em 22 dezembro 2009

Há pouco tempo recebi um e-mail de uma grande amiga, contando as aventuras de saída em viagem. Ela começou o texto dizendo: estou em Madrid!
No desenrolar da mensgem, aconteceram tantas adversidades que a levavam pra mais distante do ponto que deveria estar, o aeroporto, no momento do embarque, era tão improvável que tivesse realmente embarcado, que por várias vezes, eu voltava à primeira frase "estou em Madrid" e entao me certificava, que sim, ela estava lá.
Depois de tudo esclarecido, pensei que, com esse início da história, tinha estragado o suspense do e-mail. Mas pensando melhor, não! A emoção nos detalhes contados me fez entrar na situação, ver, e quase viver junto com a agonia de quase perder seu vôo.
A ideia não era provocar mais desespero no leitor, suas amigas, que sempre estão na torcida pelo melhor pelas outras.
Existem tantos livros que começamm pelo final, e também não estragam a historia, li esses dias "No teu deserto" (Miguel Sousa Tavares), que começa "No fim tu morres, no fim do livro tu morres..." Como assim? Uma historia de amor com final tragico? É historia verdadeira, com emoçao verdadeira, e pra morrer, vale aquela máxima: basta estar vivo.
No fundo, bem la no fundo, sempre sabemos onde nossas historias vão nos levar, nossa mente inconsciente tem seus poderes, e potencializado pela intuição, pela experiencia, pelo otimisto, pessimismo ou pela dura obviedade da vida, sempre sabemos onde as coisas vão dar.
Porque nao aproveitar "curtir" os momentos, sem se pré-ocupar do final da historia? Porque o final da historia tem que ter uma maior importancia? O processo todo faz parte, não são apenas meios pra chegar no êxito. Alguns sofrem no processo, outros ficam felizes e sentem cada minuto. Assim não sentirá que apenas estava esperando o "grand finale". Porque nao é neste momento que se fica realmente feliz ou totalmente triste. Entregar o final da história, não estraga a historia, é apenas a constatação da certeza que já tinhamos desde o inicio dela.
No fundo, bem no fundinho, a gente sempre sabe...resta à nós "saber", compreender, esperar, desejar o melhor final! Viver os processos, ser feliz, tirar proveito das experiencias!


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